Professores de 147 municípios baianos, incluindo Juazeiro, estão reunidos em Salvador para discutir a educação ofertada pelas escolas da zona rural. O encontro, que acontece até sexta-feira (21), faz parte da formação de profissionais do programa Escola Ativa, desenvolvido pelo Ministério da Educação, em parceria com as secretarias estaduais e municipais.
As discussões perpassam pelo tema central “Alfabetização e Letramento”. Para a pedagoga e doutoranda em Educação Escolar da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Ana Carolina Marsiglia, não existe uma ‘receita’ pronta para a educação, pois ela vai variar de acordo com cada universo em que estiver inserida. “As informações discutidas aqui são traduzidas em práticas pedagógicas aprofundadas, que contribuem para a formação dos alunos em cada município”, explica Ana Carolina, que é uma das palestrantes do evento.
Os participantes da formação vão assumir o papel de multiplicadores em seus municípios, transmitindo o conhecimento adquirido para outros professores. Etelvina Vieira, uma das multiplicadoras de Campo Formoso, reconhece os resultados do programa, em oito anos de atuação no município. “Os principais avanços estão relacionados aos conhecimentos das crianças e à participação da comunidade no processo educacional. Aquelas comunidades que trabalham com o Escola Ativa são mais organizadas socialmente”, ressalta.
O Escola Ativa está presente em 328 municípios, beneficiando quase 183 mil estudantes de seis mil escolas multisseriadas, que contêm alunos de diferentes idades. Alcobaça é um dos municípios que aderiram ao programa em 2010. “Hoje, os professores trabalham com livros didáticos de séries regulares. O Escola Ativa vai auxiliá-los no planejamento e didática nas classes multisseriadas”, afirma a professora Andréa de Oliveira, multiplicadora de Alcobaça.
A proposta do Escola Ativa é reconhecer e valorizar todas as formas de organização social, por meio de uma metodologia de ensino específica para estudantes da 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Esta metodologia é baseada no levantamento de problemas da realidade local, relacionando-os aos conhecimentos teóricos para, assim, buscar soluções para as dificuldades enfrentadas no campo.
Fonte: SEC-BA
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