terça-feira, 30 de junho de 2009

Atenção! MEC abre inscrições via web para 54 mil vagas de graduação para professores. Faça a sua!

O MEC (Ministério da Educação) abriu, nesta terça-feira (30), as inscrições para 54 mil vagas de graduação exclusivas para professores em exercício nas redes públicas estaduais e municipais. As vagas devem ser ocupadas no segundo semestre deste ano.

As inscrições deverão ser feitas pela Plataforma Freire, lançada nessa terça. Os cursos serão oferecidos por 90 instituições públicas de ensino superior em 21 estados que aderiram ao Plano Nacional de Formação de Professores (Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Acre, Rondônia e Distrito Federal não aderiram ao plano).

"O objetivo da plataforma é estreitar o caminho entre a educação básica e a educação superior da maneira mais transparente possivel, para que as pessoas possam observar os crité para matrícula", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta terça. "Nosso grande desafio é garantir condições para que haja mais promoção de formação."

O objetivo da pasta é colocar na universidade, entre 2009 e 2011, 331,4 mil professores que lecionam na educação básica e não têm licenciatura. Do total das vagas, 52% são em cursos presenciais e 48% em cursos a distância. O investimento do governo federal nos três anos será de R$ 700 milhões.

Como se cadastrar

Para ingressar na plataforma, o professor precisa fazer um cadastro. O primeiro passo é entrar no site, clicar em "primeiro acesso", preencher os dados, como o CPF e o nome completo, cadastrar uma senha (com quatro letras e dois números) e informar o e-mail (se não tiver e-mail, a plataforma tem um campo para criá-lo).

Depois, o docente retorna à tela principal e clica em já sou cadastrado, informa CPF e senha e clica em autenticar. Então, aparece a tela principal da plataforma. Entre a série de ícones, haverá um para cadastro do currículo do professor.

O docente poderá incluir uma foto e descrever, em poucas linhas, um resumo do currículo. Depois, poderá detalhar sua formação acadêmica e complementar e informar suas atividades profissionais, que vão desde aulas até a publicações, prêmios, títulos, idiomas e participação em congressos e seminários.

Depois de cadastrado, o professor deve consultar o ícone previsão de oferta de cursos. Ali, ele encontrará tabelas com a projeção da oferta de cursos, por Estado, para os anos de 2009 a 2011. Em seguida, deverá fazer sua pré-inscrição, em até três opções de cursos.

Função das secretarias

A plataforma manda à secretaria estadual ou municipal de educação todas as pré-inscrições de professores. É a secretaria que vai validar a inscrição, autorizar a participação do professor e enviar o nome dele para a universidade que dará o curso.

Com a senha e o CPF cadastrados, o professor acompanha o andamento da sua pré-inscrição na plataforma.

Tipos de cursos

Existem três tipos de cursos possíveis: para o professor que não tem curso superior (primeira licenciatura); para o professor com graduação, mas que leciona em área diferente daquela que se formou (segunda licenciatura); e para o bacharel sem licenciatura, que precisa de estudos complementares que o habilitem ao exercício do magistério.

A primeira licenciatura tem carga horária de 3.200 horas, sendo 2.800 horas de conteúdos e 400 horas de estágio supervisionado; a segunda licenciatura tem carga horária de 800 horas para curso na mesma área de atuação do professor ou de 1.200 horas para curso fora da área de formação.

Universidades

A responsabilidade pela formação dos professores será de uma rede de 90 instituições públicas, constituída por universidades federais e estaduais, e por institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Os cursos serão nas modalidades presencial e a distância, com a participação das instituições públicas que integram a UAB (Universidade Aberta do Brasil), com 555 polos ativos em todos os estados e no Distrito Federal.

O plano nacional de formação atribui à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) a coordenação das atividades.

* Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC

segunda-feira, 29 de junho de 2009

QUALIDADE NA EDUCAÇAO PÚBLICA: A CONTRIBUIÇÃO DOS GESTORES

por Maéve Melo dos Santos

A liberdade de comunicação na maioria dos países, o fortalecimento da democracia e da cidadania no Brasil e a comprovação de que o aumento da escolaridade se constitui em garantia para a melhoria das condições de vida da população, provavelmente, constituem-se em bases para a atual busca pela qualidade na Educação.

O debate sobre a qualidade não é simples. Existem perspectivas diferentes e até contestações, pois, são muitos os segmentos que discursam sobre o assunto. Escolas, faculdades, estudantes, pais, servidores, autoridades locais e centrais defendem perspectivas de qualidade segundo os seus interesses. Embora cada segmento tenha ênfase, propósitos e até definições diferentes, para o significado de qualidade em Educação, existe uma grande convergência em entender que a melhoria da qualidade educacional se expressa pela aprendizagem dos conteúdos, pelo ensino e pela otimização das estruturas escolares.

Como a educação se concretiza em cada sala de aula, ressalta-se o papel da gestão escolar. Nesse aspecto, a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação preconizam a democracia e a autonomia como alicerce da administração educacional. Esses avanços preconizados nos marcos legais fortalecem a educação, mas exigem, no mínimo, competência e responsabilidade dos gestores.

É fato e os estudos comprovam que escola eficaz, obrigatoriamente, possui gestão eficiente – que fique bem claro: equipe gestora eficiente. A gestão administrativa e pedagógica de uma escola impõe que muitas tarefas sejam feitas além dos muros escolares, por isso a exigência de um grupo competente e unido pela causa é condição para melhoria da unidade.

Os órgãos centrais de Educação atualmente concentram seus esforços no controle da qualidade, através dos mais variados instrumentos de avaliação e do estabelecimento de metas a serem atingidas em cada esfera, nível e tempo educacional. Há que se destacar a importância das avaliações e das metas, sem, no entanto, deixar de reconhecer que cada unidade escolar é quem pode garantir a qualidade. Cabe aqui uma distinção útil entre controle e garantia: o controle preocupa-se com o monitoramento do resultado; a garantia concentra-se em avançar sobre os resultados.

Mecanismos de controle externo pouco contribuem para a melhoria interna. São as equipes gestoras, nos seus microcosmos que deverão desenvolver o próprio gerenciamento da qualidade.

Cabe, entretanto, ao gestor responsável pela escola, apresentar uma lista de qualidades que servirão de exemplos para todos os membros da unidade. Conhecimento, habilidade e capacidade de gerenciar pessoas (e conflitos pessoais) são defendidos pela Unesco – Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura, como pilares educacionais. A autonomia requerida e exigida para a eficiência da escola impõe que o gestor agregue o exemplo e a transparência de suas condutas como paradigma do seu trabalho.

Os cursos de formação, normalmente, não qualificam e/ou instruem os acadêmicos para o trabalho de gestão, daí a obrigatoriedade da busca pessoal pela competência. Reconhecer as suas próprias limitações e, por conseguinte, a necessidade de melhorar, pode ser o primeiro e grande passo para cada uma das pessoas envolvidas na busca pela melhoria da Educação.

É chegada a hora de a educação pública brasileira apresentar-se para a sociedade como algo positivo, eficiente e promotor de melhoria na vida das pessoas, sobretudo as das classes menos favorecidas economicamente. O produto do trabalho docente só se revelará eficaz se for capaz de promover o sucesso dos alunos.

Quem assume a gestão de uma unidade de ensino deve ter o compromisso permanente de continuar estudando e contribuindo com seu esforço e inteligência para que o ambiente escolar possa, além de contribuir com o domínio dos conteúdos inerentes aos processos formativos da intelectualidade, seja um espaço para inclusão comunitária, para o fortalecimento da democracia e para o engrandecimento da nossa cidade e da nossa região.

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Maéve Melo dos Santos é Professora da Universidade do Estado da Bahia – UNEB e Diretora de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Juazeiro - BA

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Bernard Charlot: ensinar com significado para mobilizar os alunos

Há 40 anos, vertentes da Sociologia analisam a relação entre o desempenho escolar de uma criança e a classe social que seus pais ocupam. Boa parte das considerações aponta que alunos de camadas populares têm menos chances de ser bem-sucedidos nos estudos do que os jovens de classe média. Mas como explicar um estudante de família desfavorecida que se sai bem na escola? E o aluno de família abastada que fracassa em sua trajetória escolar?

Pesquisador francês radicado no Brasil, Bernard Charlot (leia a biografia no quadro abaixo) se voltou para essas questões na década de 1980, ainda em Paris, e trabalhou em um conceito que explica de maneira mais abrangente e menos preconceituosa histórias de sucesso e de fracasso escolar: a relação com o saber.
Essa é uma condição que se estabelece desde o nascimento, uma vez que "nascer significa ver-se submetido à obrigação de aprender", escreveu Charlot. A condição humana exige que seja feito um movimento, "longo, complexo e nunca acabado", no sentido de se apropriar (parcialmente) de um mundo preexistente. Essa apropriação obrigatória desencadeia três processos: de hominização (tornar-se homem), singularização (tornar-se exemplar único) e socialização (tornar-se membro de uma comunidade).

O ato de construir-se e ser construído pelos outros é a própria Educação, entendida de forma ampla, em situações que ocorrem dentro e fora da escola. É por meio de suas experiências que a criança toma contato com as muitas maneiras de aprender. Ela pode adquirir um saber específico, no sentido de compreender um conteúdo intelectual (a gramática, a Matemática, a história da arte etc.), pode dominar um objeto ou uma atividade (como caminhar, amarrar os sapatos, nadar etc.) e pode aprender formas de se relacionar com os outros no mundo (saber como cumprimentar as pessoas, ter boas maneiras à mesa etc.).

Nesse ir-e-vir da relação com o mundo, com os outros e consigo mesmo, toma forma o desejo de aprender. É esse desejo que propulsiona a criança em direção ao saber. Em pesquisas de campo, Charlot e sua equipe identificaram que esse "direcionar-se para o saber" pressupõe um movimento de mobilização - e não simplesmente de motivação. "O conceito de mobilização se refere à dinâmica interna, traz a ideia de movimento e tem a ver com a trama dos sentidos que o aluno vai dando às suas ações", explica Jaime Giolo, professor titular da pós-graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF) e estudioso do pensamento de Charlot. "A motivação, por sua vez, tem a ver com uma ação externa, enfatizando o fato de que se é motivado por alguém ou algo."

Ensinar com significado para mobilizar os estudantes

Como acionar nos alunos mecanismos de interesse pelo saber? Como notar que relação os estudantes estabelecem com o saber escolar? Segundo contou o próprio Charlot em entrevista a NOVA ESCOLA de Aracaju, cidade onde mora atualmente, suas pesquisas ainda devem uma resposta mais completa para essas perguntas, principalmente quando o olhar se volta para alunos de periferias - na França, na Tunísia, na República Tcheca ou no Brasil, países em que ele coordenou estudos. O que se sabe é que, quanto mais significativo for o que está sendo ensinado, mais o aluno se põe em movimento, se mobiliza para se relacionar com aquele conteúdo. Mas essa situação, que seria a ideal, não é a predominante.

Os estudos de Charlot apontam que a maioria dos estudantes - quase 80% deles - só vê sentido em ir à escola para conseguir um diploma, ter um bom emprego e ganhar dinheiro e levar uma vida tranquila. Nesse discurso, não há a menção ao fato de aprender. "Esses jovens que ligam escola e profissão sem referência ao saber estabelecem uma relação mágica com ambos. Além disso, sua relação cotidiana com o estudo é particularmente frágil na medida em que aquilo que se tenta ensinar a eles não faz sentido em si mesmo, mas somente em um futuro distante", define o pesquisador.

No caso desses estudantes, o professor Jaime Giolo avalia que se estabelece uma relação mecânica, quase de indiferença, com o saber. Recuperar o sentido do aprender e o prazer em estudar está entre os desafios de hoje. A atividade escolar precisa se apresentar de forma significativa, prazerosa, para merecer o esforço intelectual dos alunos no sentido de se apropriar de diversas porções de saberes produzidos pela humanidade.

Não há uma receita pronta para isso. O que não basta para Charlot é dar a situação por resolvida ao justificar o desinteresse ou o fracasso de alunos por causa da classe social da família ou das carências culturais inerentes à origem deles. Segundo o francês, pensar de maneira determinista lança uma leitura negativa sobre a realidade. Em vez disso, ele sugere uma leitura positiva do indivíduo, levando em conta sua história de vida, seus desejos e suas atividades cotidianas.

Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA A Mistificação Pedagógica - Realidades Sociais e Processos Ideológicos na Teoria da Educação, Bernard Charlot, 314 págs., Ed. Zahar, tel. (21) 2108-0808 (edição esgotada) Da Relação com o Saber - Elementos para uma Teoria, Bernard Charlot, 96 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 38 reais Os Jovens e o Saber - Perspectivas Mundiais, Bernard Charlot, 152 págs., Ed. Artmed, 38 reais Relação com o Saber, Formação dos Professores e Globalização - Questões para a Educação Hoje, Bernard Charlot, 160 págs., Ed. Artmed, 40 reais

Software do MEC transforma texto em áudio

O Ministério da Educação apresentou um aplicativo que permite a qualquer usuário transformar arquivos de texto em áudio ou ainda gerar documentos para impressão de textos em braile.

Chamado de Mecdaysi, a aplicação foi desenvolvida por pesquisadores do Ministério da Educação e técnicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consumiu R$ 680 mil em custo de desenvolvimento.

O Ministério vai liberar ainda outros R$ 180 mil para centros de apoio ao deficiente visual espalhados pelo Brasil usarem a tecnologia na impressão de livros didáticos em braile e na conversão de livros em papel em áudio livros.

Com versões para Linux e Windows, o programa lê arquivos de texto e os converte para voz. Assim, qualquer obra disponível em formato digital pode ser convertida para arquivo de áudio e tornar-se acessível para portadores de deficiência visual.

Ao apresentar o aplicativo, em evento em Brasília, o ministro Fernando Haddad frisou que o software não visa substituir a alfabetização em braile ou a produção de livros em linguagem com revelo, mas sim criar uma ferramenta complementar para a inclusão de deficientes visuais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Professor: hora de recarregar a bateria

Por Içami Tiba

A educação escolar no Brasil ficou muito tempo em torno do seu próprio umbigo, sem se dar conta do quanto ela estava se tornando obsoleta em relação ao mercado de trabalho e ao mundo.

Dizem que é errando que se aprende. Mas a educação errou tanto e por tanto tempo e não aprendeu. Isso porque simplesmente manteve o erro em vez de corrigi-lo. A passividade do continuísmo do insatisfatório levou o Brasil ao que estamos reduzidos hoje: somos um dos últimos classificados do mundo no ranking da educação escolar, apesar do nosso PIB estar entre as 10 maiores do mundo.

Numa simples leitura, o Brasil está mais rico do que educado. Mas existe a grande massa da população que é pobre e sem a educação formal que a capacite ao trabalho mais elaborado que o braçal. Essa massa tem cinco filhos por família, gerando mais pobreza e mais exclusão, enquanto os que ganham mais de cinco salários mínimos têm um ou dois filhos por família, ou seja, acabam concentrando a riqueza.

Ultimamente os professores têm sido responsabilizados pelos pais para educarem os seus filhos, numa sobrecarga que não lhes compete. Cobra-se também deles uma educação perfeita, sem que lhes forneça o mínimo de material necessário, de formação atualizada, de valorização pessoal, de salário compatível com a sua importância na construção de uma sociedade saudável. Há muitas verdadeiras madres terezas da educação nos grotões e bolsões de pobreza que até lápis quebram ao meio para que mais alunos possam ao menos aprender a escrever...

Ninguém quer ser professor, muitos querem ser políticos. Até mesmo alguns "caçados" não abandonam a política, enquanto professores competentes abandonam suas carreiras para poderem sobreviver financeiramente.

A noite de melatonina é necessária para combater o estressante dia do cortisol. As férias são necessárias para as jornadas de trabalho. E as de julho já batem nas portas dos professores. O meu maior desejo é que cada professor tivesse as férias dos seus sonhos, junto às pessoas queridas, com tudo pago, desde os preparativos até o álbum de recordações. Que descansassem as mentes com atividades lúdicas, culturais, baladas, festas, passeios, restaurantes, shows, e tudo mais que tivessem vontade na hora... Não custa sonhar, nem desejar o bem às pessoas que merecem.

Entretanto, as férias podem também ser usadas para complementação das atividades que não têm espaço no cotidiano letivo. Todos precisam nutrir seus corpos e mentes através de exercícios fisiológicos e psicológicos como andar, dormir, alimentação saudável, passear por parques, visitar museus, ir a cinemas e teatros, envolvendo principalmente os filhos no que for possível.

Praticar a filosofia de vida da ALTA PERFORMANCE: em tudo, fazer e pensar o melhor possível. Para a ação, usar os conhecimentos atualizados e, para o pensar, o seletor de pensamentos. Ninguém controla a fonte de pensamentos, mas é possível e desejável alimentar os melhores e deletar os que podem prejudicar outras pessoas e o nosso planeta. Todos querem e até pensam fazer o melhor, mas nem todos o fazem por não estarem atualizados.

Como diz Cristovão Buarque, ex- ministro da Educação, educacionista é a pessoa que acredita na educação como um dos pilares da recuperação do Brasil. Todos os professores poderiam nestas férias despertar o educacionismo profundamente adormecido dentro de si, ou até mesmo recuperá-lo do coma que entrou por tanto descaso que sofreu.

As férias são das aulas, mas a mente e o corpo não devem parar de aprender e se movimentar nunca.

Içami Tiba
Psiquiatra, educador e conferencista. Escreveu “Quem Ama, Educa! Formando Cidadãos Éticos" e mais 22 livros.
Fonte: Uol Educação

segunda-feira, 15 de junho de 2009

SEDUC realiza ações de apoio ao Programa “Paz nas Comunidades”

Por Vânia Castro/SMS

As Secretarias de Saúde, Educação e Serviços Públicos estiveram juntas no último final de semana no bairro Piranga prestando serviços para consolidação permanente do Programa “Paz nas Comunidades”. Vários serviços de saúde foram oferecidos para população no Colégio Estadual Pedro Raimundo Rego, como teste de glicemia, verificação de pressão e tipagem sanguínea.

“É uma ação muito boa. Estamos nos sentindo mais seguros nas ruas, participando de várias atividades da prefeitura e ainda somos informados sobre os serviços básicos da saúde. Estou aproveitando tudo”, disse Valdete Torre da Silva, 51 anos, moradora do Piranga.

O público pôde conferir também orientações sobre escovação e a importância da higiene bucal. “Estou super feliz com o aprendizado. A dentista me mostrou que a ausência ou deficiência da higiene podem prejudicar meus dentes e minha saúde bucal. Depois de receber várias informações ainda recebi kit de higiene bucal”, falou entusiasmado Joanderson Henrique Quinino da Silva, 19 anos.

A Secretaria de Educação atraiu várias pessoas para a escola Educandário João XXIII, também no Piranga, para realização de palestra sobre a paz nas famílias. O assunto foi ministrado pela educadora e psicanalista, Mirinalva de Melo. “Falar de família é sempre bom. Hoje aprendemos que a paz, harmonia, o diálogo, respeito e amor são sentimentos fundamentais para garantir um clima de harmonia no lar”, comentou a dona de casa Maria Luíza Lima da Silva, que compareceu ao evento acompanhada dos filhos.

A Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos (SEIHASP) participou também com os serviços de limpeza e capinação. O Programa “Paz nas Comunidades” é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Juazeiro, Polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros e visa promover uma cultura permanente de paz nos bairros.

Fonte: www.prefeitura.ba.gov.br

domingo, 14 de junho de 2009

SEDUC realiza mais etapas do Pró-Letramento e Gestar

O DCH III da UNEB recebe nesta segunda-feira, dia 15, novas etapas das formações dos programas Pró-Letramento e GESTAR II. Professores das séries iniciais do Ensino Fundamental e de Matemática participam dos encontros.

Na terça-feira, dia 16, também na UNEB, será a vez dos professores de Língua Portuguesa participarem do GESTAR. O Programa Gestão da Aprendizagem Escolar oferece formação continuada em língua portuguesa e matemática aos professores dos anos finais (do sexto ao nono ano) do ensino fundamental em exercício nas escolas públicas. A formação possui carga horária de 300 horas, sendo 120 horas presenciais e 180 horas a distância (estudos individuais) para cada área temática. O programa inclui discussões sobre questões prático-teóricas e busca contribuir para o aperfeiçoamento da autonomia do professor em sala de aula.

O Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um programa de formação continuada de professores, para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nas séries iniciais do ensino fundamental. O Pré-Letramento é realizado pelo MEC, em parceria com Universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada e com adesão dos estados e municípios.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Formação sobre a Lei 10.639 contempla 70 educadores da rede municipal

Por Anna Monteiro/SEDUC

Teve início na manhã desta sexta-feira (12) a formação continuada com o tema “A Lei 10.639/03 – no cotidiano da Sala de Aula. O evento promovido pela Secretaria de Educação de Juazeiro (SEDUC), está sendo realizado no auditório da sede, para 50 professores de História, Artes, Língua Portuguesa e coordenadores pedagógicos, e tem como objetivo iniciar o processo de introdução do ensino da história e cultura afrobrasileira e africana no ensino fundamental, como previsto na Lei.

A formação, que tem carga horária de 20h, está sendo ministrada pela professora e especialista no tema, Miriã Fonseca, e encerra no sábado (13), com entrega de certificado. Segundo a facilitadora, o curso prepara o professor para a implementação transversal da temática, garantindo assim a concretização do pressuposto nas escolas públicas municipais. “A introdução é transversal, ou seja trabalha as relações étnico-raciais em todas as disciplinas, trazendo uma outra concepção de mundo e dos aspectos sociais para o dia a dia, para realidade da sala de aula”.

Para a professora, Ana Elise Evangelista esse é um momento importante para a educação do município. “Pela primeira vez começamos a tratar com seriedade a aplicabilidade da Lei. Esse é um despertar para as questões polêmicas que permeiam o tema. A formação tem uma grande funcionalidade, pois sabemos que as desigualdades ainda são reais, e nós temos que saber como gerir isso em sala”. A também professora, Maria Alexandrina, acrescenta, “essa é uma discussão necessária, e é imprescindível que a tratemos de forma ética e coerente”.

Durante a formação, Miriã Fonseca tocou em alguns pontos relevantes. “Essa não é apenas uma questão pedagógica, mas também de postura. Primeiro precisamos desconstruir um discurso errôneo da história dos negros e africanos. É necessário repensar a aprendizagem, e dar visibilidade a todos os grupos marginalizados do discurso histórico, identificar os atores, e enfatizar a participação de grupos minoritários na construção do país. Aqui eu vou dar apenas a massa, e vocês farão o bolo”, justificou.

Para conferir imagens do encontro, clique aqui.

Fonte: www.juazeiro.ba.gov.br

Professores da 4ª série recebem formação sobre a Prova Brasil

Mais de 90 professores que atuam na 4ª série do Ensino Fundamental participaram na última quarta-feira, dia 10/06, de formação continuada sobre os descritores da Prova Brasil. A UNEB sediou o encontro que teve seis horas de duração e trabalhou habilidades a serem desenvolvidas pelos educandos no trato com os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática.

A Prova Brasil é a avaliação externa promovida pelo MEC. Este ano ela deverá ser aplicada no mês de outubro. Para ver as imagens da formação, casta clicar aqui.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

DA PAIXÃO DE ENSINAR À PAIXÃO DE APRENDER

por Hamilton Werneck

Ensino e aprendizagem estão sempre juntos. É verdade que a visão cartesiana era diferente: ensino deveria estar separado de aprendizagem, porque o ensino dependia do professor e o aprendizado do aluno. Muitos educadores ainda acolhem essa dicotomia até os nossos dias.

O que impede a paixão pelo ensinar, estar em sala de aula, atender alunos com dificuldades e envolver-se com os têm grande dificuldade de aprender? Uma das razões é a nossa origem histórica como professores porque somos originários da escravidão. Vivíamos em palácios e com os príncipes que educávamos, porém, éramos escravos. Sentindo-se sem autoridade porque esta era delegada, sobretudo, aos soldados dos reinos antigos, os educadores foram estruturando em si mesmos uma necessidade de ter autoridade e poder exercê-la. Ainda hoje muitos buscam inúmeras razões para dar ordens e determinar situações dentro da escola, sem a mínima razão de ser, apenas para demonstrar que têm poder, aquele poder que não tinham à época da escravidão. Trata-se de um mecanismo de compensação. E quando o professor percebe que está fazendo algo que não representa fator relevante frustra-se e se desapaixona.

Outra razão é o conservadorismo. Desenvolver práticas porque deram certo no passado, nada garante a eficácia delas em nossos dias. Seguir tradições sem discernimento pode levar à frustração desapaixonante.

As escolas estão envolvidas pelo instrucionismo. Acreditam que o professor ensina e o aluno aprende. Quem acredita nisso, quando vê seus alunos repelirem certas aulas, parecem estar diante de castelos que desabaram. Creio que deva ser frustrante, em todos os anos letivos repetir as mesmas coisas, falando dos mesmos fatos, narrando os mesmos acontecimentos. Um ensino, pelo ensino, sem a participação, sem as relações contextualizadas perde o seu brilho e frustra o professor.

Quem imita um mestre antigo também não consegue se apaixonar porque imita. Não se trata de um educador original, trata-se de um imitador.

O mais grave em tudo é o descompromisso. Muitas vezes ouvimos a fala de alguns professores referindo-se aos salários, dizendo que, agora, dançam conforme a música: se pagam o que acham devido, trabalham, se não recebem, diminuem o ritmo, condensam a matéria e não criam nada de novo.

O resultado disso é desastroso porque, em pouco tempo, o professor sente-se inútil. Os educandos falam melhor dos computadores que dos seus educadores. Além disso, seria importante lembrar que se discute, hoje, a eutanásia, em vários países do mundo. O nosso não estará longe dessa situação. O descompromisso poderá oferecer à sociedade uma plêiade de jovens também descompromissados, sobretudo com a vida. O resultado para nós, professores, será frustrante quando daqui a cinqüenta anos percebermos os mais novos aborrecidos com a nossa presença no mundo e desejando enviar-nos para a vida eterna mais depressa! O filósofo alemão Frank Schirrmacher prevê que a sociedade estará envolta numa revolução cultural muito forte determinada pela demografia e que a crise será instalada entre jovens versus idosos que, segundo o autor de Complô Matusalém, ainda sem tradução no Brasil, triplicará até o ano de 2056 (Schirrmacher, 2004).

Mesmo que Massimo Canevacci discorde desse enfoque em seu livro Culturas eXtremas, informando e deduzindo acerca do aumento do conceito de juventude e derrubando os conceitos impostos pela demografia, um fato me parece claro: o choque acabará existindo e, não será pela via do descompromisso e da inexistência de uma formação ética desapaixonante que chegaremos a bom termo.

Teoricamente estes elementos apresentados impedem a paixão pelo ensinar que desemboca em práticas incentivadas pela sociedade, imprensa e congressos de educação que, por sua vez, "tapando o sol com a peneira" continuam a frustrar os educadores.

Passa-se, então, a ensinar o que os alunos gostam de aprender. O resultado é simples: surgirão lacunas que derrubarão os alunos em fases posteriores. O professor ouve dizer que, agora, ele deve ser facilitador. O problema não é que o facilitador seja um "mão aberta" deixando que tudo aconteça. Se facilitar é um caminho para o aprender mais, então ótimo, vamos facilitar. Mas, a questão é mais profunda porque enquanto facilitamos não podemos deixar de sermos desafiadores. Irá crescer na vida quem vencer desafios, quem tiver coragem para superar obstáculos. Pedro Demo afirma em seu livro "Ironias da Educação" que conferência-show e aula-show não é local de pesquisa, portanto esse nosso momento é um momento desafiador e incentivador, não é um momento de pesquisa que, se foram todos os leitores desse tema responsáveis, deverá acompanhar o educador pelos dias seguintes, meses e anos. Será o árduo trabalho do pós-congresso que trará de volta o saber mais profundo e a responsabilidade estribada em competência resultante de relevantes estudos.

Certas convicções erradas levam ao desastre profissional e à frustração desapaixonante: a) já aprendi o que tinha de aprender, agora somente devo ensinar; b) se participo de seminários e semanas pedagógicas tenho tudo resolvido, cumpri com minha parte e nada mais precisa ser acrescentado; c) agora basta encantar os alunos, nem que seja com algum trabalho de grupo que não represente um fenômeno pedagógico relevante (Demo, 2005) e constitua, apenas, uma conversa fiada.

Além disso, o que frustra muito é até a ditadura da beleza. Diante de um modelo de 23 anos, uma mulher de 25 sente-se velha e feia (Schirrmacher, 2004). Muitos se acham velhos e feios diante dos alunos cada vez mais produzidos pelos padrões da sociedade de consumo.

Impõe-se aos educadores uma reflexão sobre a bagagem que transportam. As quantidades de carga cognitiva sem expressão, valores corrompidos e diluídos na sociedade consumista e atitudes de descompromisso com as pessoas e com os projetos de educação.

Resta a questão sobre a possibilidade de ainda apaixonar-se com o magistério. Há caminhos e pistas seguras e algumas delas são aqui colocadas para reflexão:

Apaixonar-se sai caro e é preciso ser vocacionado para essa carreira. Além disso, o aprender sempre e o aprender a aprender devem acompanhar o professor. A capacidade de saber lidar com alunos com grande dificuldade para aprender (Morin, 2003) e ser capaz de ensinar o aluno a aprender fazem parte dessa paixão. Apaixonar-se não significa alienar-se, portanto, buscar um melhor salário faz parte dessa questão, contanto que se apresente ao lado das reivindicações a competência correspondente.

A paixão, além de representar uma adesão ao projeto educacional da Instituição em que estamos trabalhando, terá como conseqüência o "vestir a camisa" livremente e conscientemente, superar obstáculos, comprometer-se, continuar lendo e pesquisando. Junte-se a tudo isso o otimismo gerado na esperança e a criação de oportunidades, e teremos um ser humano comprometido e apaixonado pelo que faz.

A realização profissional do educador acontece em vários espaços, porém, é dentro da escola que ele é mais visível por ser lá que a maioria trabalha. Quem se dirige a uma escola para trabalhar leva consigo um projeto e, lá dentro, deseja colocá-lo em prática. Aqui é importante salientar que não somos nós, educadores, que realizaremos um projeto nosso dentro de uma escola que não é nossa. Nosso trabalho é para que o projeto da escola seja colocado em prática, então, dentro das possibilidades, podemos ajustar alguns de nossos ideais educacionais e até projetos educacionais ao projeto que a escola onde trabalhamos está desenvolvendo. Essa capacidade de conviver com projetos alheios para, em seguida, incorporar aos nossos é vital para a realização de cada educador.

Decorre, então, uma questão simples e, ao mesmo tempo, vital: ao escolhermos uma escola para trabalhar e, conseqüentemente, nos realizarmos profissionalmente precisamos avaliar as relações entre o projeto da escola e os nossos. Se a discrepância entre um e outro for muito grande a ponto de não haver possibilidade de assimilação, deveríamos buscar outro estabelecimento porque, se não conseguirmos juntar ao nosso trabalho algum ideal que temos dentro de nós, para sentirmos mais de perto as pessoas (Werneck, 2004), o trabalho será frustrante.

Trabalhar em qualquer lugar, em qualquer instituição e nem ligar para a realização será a adoção de professor, típico "dador de aulas" ou "piloto de livro didático". Desses caricatos a realização passa longe!

Todos esses elementos nos colocarão em pé de igualdade com a juventude de culturas eXtremas (Canevacci, 2005), essa juventude ocupada com a aporia, a nonorder, a e-scape e a diáspora virtual. E enquanto estivermos nós, educadores, perdidos diante do ciberespaço que eles dominam, convivendo com mercadorias tatuadas (as que usam códigos de barras) e, ainda de modo pior, na desilusão entre a fronteira entre a pessoa e seu site, não teremos razão para nos apaixonarmos. No entanto, quando assumirmos as nossas vidas, a real e a virtual, a metrópole com suas dispersões e o ciberespaço com sua virtualidade envolvente estaremos dentro do paradigma moderno de uma educação que busca a inspiração no texto e nos contextos da vida humana.

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DEMO, Pedro, Ironias da Educação, DPA Editora, Rio, 2005.
CANEVACCI, Massimo, Culturas eXtremas, DPA Editora, Rio, 2005.
MORIN, Edgar, A Cabeça bem feita, Bertrand do Brasil, 2003.
SCHIRRMACHER, Frank, A ditadura dos jovens - entrevista à revista Veja, 18 de agosto de 2004.
WERNECK, Hamilton, Educar é sentir as pessoas, DPA Editora, Rio, 2004

Fonte: www.hamiltonwerneck.com.br

terça-feira, 9 de junho de 2009

I Conferência Municipal de Educação supera expectativas em público e resultados


Com a entrega da minuta final do Plano Municipal de Educação (PME) ao prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho, a apresentação dos doze delegados eleitos para Conferência Estadual e a socialização das discussões dos eixos temáticos da Nacional, encerrou na manhã de sábado (06) a I Conferência Municipal de Educação. O evento, considerado pelos organizadores e participantes, um marco para educação do município, aconteceu nos dias 04, 05 e 06, reunindo mais de 1700 pessoas, com o objetivo de criar um Sistema Nacional Articulado de Educação, além de debater coletivamente os rumos da educação local.

Na ocasião também foi constituída a Câmara de Avaliação e Acompanhamento do PME. “Essa Câmara irá fiscalizar, acompanhar e formatar a política de Educação de Juazeiro nos próximos anos, regidos pelo Plano Municipal que deverá virar lei em outubro, quando passará pela aprovação do Legislativo no dia 15 - dia do professor”, explicou o secretário de Educação, Plínio Amorim.

Para o gerente de Valorização do Professor e Formação Continuada, Clériston Andrade, a Conferência superou as expectativas não só em público, como também em resultados. “Tivemos uma participação bem maior do que a esperada, as pessoas acompanharam a programação até o último instante, e obtivemos grandes resultados práticos, como a formatação do PME, as discussões nas Câmaras, que foram bastante produtivas, e os professores gostaram muito das oficinas e mini-cursos. Então podemos dizer que a I Conferência Municipal de Educação foi um sucesso”.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Lei 10.639/03 é tema de formação promovida pela SEDUC

A sociedade civil segue desenvolvendo importante papel na luta contra o racismo e seus derivados, compreendendo os mecanismos de resistência da população negra ao longo da história. Mas é preciso perceber que o problema persiste e combatê-lo no espaço escolar. A Lei 10.639, sancionada em 09 de Janeiro de 2003, altera a LDB 9394/96, estabelecendo a implementação no currículo oficial brasileiro do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos da educação básica.

Para tornar concreta essa conquista, a Secretaria de Educação de Juazeiro promove a primeira formação com esta abordagem. A temática do encontro será “A Lei 10.639/03 no Cotidiano da Sala de Aula”. O curso será ministrado pela Profª Miriã Fonseca (Salvador-Bahia) e desenvolver-se-á numa carga horária de 20 horas (com certificado), sendo realizado nos dias 12 (sexta-feira) e 13 (sábado) de junho, de 07h30min às 12h30min e das 13h30min às 18h30min, no Auditório da SEDUC.

Poderão participar os professores de História, Artes, Língua Portuguesa e Coordenadores Pedagógicos. No total, serão 50 vagas para os educadores das séries finais do ensino Fundamental. A formação contempla as disciplinas estabelecidas na Lei para trabalharem transversalmente a temática.

Juazeiro faz história com a Conferência Municipal de Educação

Foram três dias inesquecíveis. Assim pode ser definida a Conferência Municipal da Educação, realizada entre 04 e 06 de junho. A comunidade juazeirense enfim teve a oportunidade de discutir e planejar os rumos da educação para o município, além de contribuir com idéias para as conferências estadual e nacional.

Considerada um marco para educação municipal, a conferência propõe a construção de um sistema nacional articulado, a análise da minuta do Plano Municipal de Educação (PME), a capacitação dos professores através de oficinas e mini-cursos, e o estudo dos eixos temáticos da Conferência Nacional. “Deste momento sairão contribuições extremamente importantes para a nossa educação. Estamos convictos de que essas 1700 pessoas que aqui estão participando desenvolverão uma política forte, sólida e prioritariamente democrática. Podemos dizer que pela primeira vez no município estão sendo ouvidos todos que fazem educação, pais, professores, entidades. É a coletividade dizendo o que quer e como quer. E isso será levado para o âmbito estadual e federal”.

Em sua fala, o prefeito Isaac, destacou a importância da educação. “O nosso governo entende que educação é prioridade, que não existe desenvolvimento econômico, social, sem que as pessoas tenham informação e conhecimento. Não medimos esforços para apoiar a conferência, pois temos a certeza de que apenas com a participação de todos poderemos construir uma política educacional que tenha a cara do nosso povo, que atenda aos anseios da nossa população”. Seguindo o pensamento do gestor municipal, o diretor da regional da APLB – Sindicato, Antônio Carlos, afirma que a história educacional de um município começa a mudar com as conferências, “é a partir desse momento que consegue-se implantar um programa próprio. Uma cidade sem um plano diretor não consegue avançar. As propostas aqui definidas serão levadas para a capital federal, então realmente podemos concluir que Juazeiro começa a implementar uma mudança no setor”.

Com auxílio de Anna Monteiro, da SEDUC.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Aula inaugural marca início das atividades do curso pré-vestibular

Por Anna Monteiro/SEDUC

Com o auditório lotado de jovens ávidos por conhecimento, foi realizada nesta segunda-feira (01), às 20h, no Colégio Municipal Paulo VI, a aula inaugural do curso pré-vestibular oferecido pela Prefeitura Municipal de Juazeiro em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Estiveram presentes o chefe de gabinete, representando o prefeito Isaac Carvalho, Roosevelt Duarte Motta, o presidente da Câmara, Crisóstomo Lima, o secretário de Educação, Plínio Amorim, os pró-reitores da UNIVASF, Deranor Gomes e Marcelo Ribeiro, entre outras autoridades.

As aulas do cursinho serão ministradas por professores titulares do município e por alunos bolsistas da UNIVASF. Serão 30 bolsistas pagos pelo município, que receberão R$ 350,00 e trabalharão em parceria e sob a coordenação dos professores da rede. O curso já apresenta as alterações da língua portuguesa e se adaptará a todas as mudanças no processo de seleção para o ingresso dos alunos na universidade. De segunda à sexta-feira, das 19 às 22h, 500 alunos participarão do sistema preparatório no colégio Paulo VI, 100 na Escola Piloto Mandacaru, no Mandacaru, e 50 na Escola Municipal 02 de julho, em Maniçoba.

Sobre o curso a coordenadora Dilma Masceno, explica que é intensivo, totalmente gratuito para o aluno, destinado a estudantes oriundos de escolas públicas e que tem como principal parceiro a UNIVASF. “O curso irá trabalhar a formação cidadã, não apenas o conteúdo. Serão repassadas questões semelhantes à dos vestibulares e ENEM, que agora trazem questões contextualizadas, exigindo um aperfeiçoamento do pensamento cognitivo. Neste foco, temos a certeza de que os bolsistas, juntamente com os professores da rede realizarão um trabalho dinâmico e comprometido”, afirmou.

O pró-reitor de extensão, Deranor Gomes, também falou sobre a parceria, “é um grande prazer encabeçarmos esse projeto juntos. Nossos alunos, agora bolsistas, trabalharão com toda dedicação e afinco para tornar esses jovens futuros colegas de academia. A iniciativa de levar o projeto ao interior é louvável, não conheço nenhum lugar do Brasil que leve com tanta qualidade um curso preparatório para fora da zona urbana”. Complementando o pró-reitor de ensino, Marcelo Ribeiro, destaca que essa realidade é fruto de determinação, vontade política e falou sobre um sonho, “eu acredito que a rede pública de ensino ainda vai ser forte o suficiente para não precisarmos mais de paliativos. Esse é o caminho, estamos no rumo certo”.

Em nome do prefeito Isaac Carvalho, Roosevelt Duarte, começou seu discurso saudando a platéia e deixou uma mensagem de otimismo e esperança para os futuros universitários. “É preciso que cada um de vocês aproveite e valorize a oportunidade, pois essa pode ser a grande chance de se conquistar um lugar à sombra. Aprender, compartilhar saber é crescer na vida, é o caminho para o desenvolvimento pessoal, de uma sociedade mais justa e igualitária. Somos o resultado do nosso próprio esforço. Acreditem, sonhem e corram atrás de suas realizações”.

Plínio Amorim parabenizou os alunos que já passaram pela seleção concorrendo com mais de 3 mil pessoas. “Estamos construindo um novo tempo. Sabemos que esse é um grande desafio, mas vamos conduzir estes alunos à universidade, ou a concursos públicos, pois muitos estão aqui com esse objetivo. Vamos trabalhar incansavelmente para dar todo o suporte necessário a este projeto. Estamos confiantes e apostamos inteiramente na proposta”, finalizou.